Os videogames como janela de acesso ao mundo

Autor: Marcelo Rigon, Psicanalista, Bacharel em Física e Game Designer há mais de 15 anos.

A população com 60 anos ou mais no Brasil foi estimada em 5,9% da população em 2010 pelo IBGE e essa porcentagem subiu para 7,4% em 2012 somando, aproximadamente, 20 milhões de pessoas. Segundo dados de 2017, 63,5% dos idosos tem acesso a telefone móvel para uso pessoal resultando em um total de 12,7 milhões de pessoas. Como pode ser visto nas análises temporais do censo do IBGE, é claro o envelhecimento da população brasileira de forma acentuada, tornando cada vez mais crítica a necessidade de ações com enfoque nesse público.

Por mais que existam tantas pessoas com um celular para uso pessoal, muitas delas ainda o utilizam de forma muito limitada e com muito receio, muitas vezes restringindo o uso apenas ao de receber e fazer ligações. Essa barreira vem tanto pela falta de contato prévio com essa tecnologia, quanto pela interface e estética não ter sido construída para esse público e outros fatores.

Jogos são um elemento presente através de toda a nossa sociedade, nas mais diversas formas. Já os videogames ou jogos digitais, começaram a se tornar mais populares na década de 80 com o Atari, Odissey, Fliperamas e toda uma multitude de dispositivos e jogos criados nesses 40 anos de história. É comum a associação destes produtos a crianças e jovens. É verdade que os jogos para esse público são mais conhecidos e numerosos, mas com o avanço da tecnologia muito se caminhou no sentido de torná-los mais acessíveis a outros públicos. Há mais de 10 anos, em 2008, a própria Rainha Elizabete II ficou conhecida como fã do console Wii por pedir para ser a próxima a jogar quando via seu neto, o príncipe William jogando Wii Bowling. (https://www.estadao.com.br/noticias/geral,rainha-da-inglaterra-e-a-mais-nova-fa-do-wii,106441).

De lá para cá, muitas pesquisas tem sido realizadas para verificar o impacto real do uso de jogos, não apenas como um passatempo aberto a pessoas mais velhas que podem se ver numa situação de isolamento e depressão, mas também com o intuito ativo de melhorar sua qualidade de vida. Para saber mais sobre essa última parte, leiam os posts anteriores do nosso blog, com destaque ao da, Pesquisadora e Mestre em Psicologia, Carla Oda (Leia Mais). e da Elisa Siqueira, psicóloga comportamental e Neuropsicóloga (Leia Mais).

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